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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Câncer de Pulmão e Aspectos Nutricionais da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)


                             CÂNCER DE PULMÃO
Sinônimos:
Carcinoma brônquico, neoplasia pulmonar maligna, tumor maligno do pulmão.
O QUE É?
O câncer de pulmão é o mais comum dos tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. A mortalidade por esse tumor é muito elevada e o prognóstico dessa doença está relacionado à fase em que é diagnosticada.
COMO SE DESENVOLVE?
O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Ele é responsável por 90% dos casos desse tumor. Mais homens que mulheres desenvolvem o câncer de pulmão, mas o número de casos em mulheres está aumentando, enquanto que o número de casos em homens está caindo. O risco de morte por câncer de pulmão é 22 vezes maior entre os fumantes do que entre os não fumantes.
Essa neoplasia pulmonar pode também ser causada por químicos - arsênico, asbesto, berílio, radônio, níquel, cromo, cádmio e cloreto de vinila, principalmente encontrados no ambiente ocupacional. Outros fatores relacionados a este tumor são os dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras), genéticos, a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e a história familiar de câncer de pulmão. Às vezes, essa doença se desenvolve em indivíduos que nunca fumaram e a causa é desconhecida.
TIPOS DE CÂNCER DE PULMÃO
Existem, basicamente, dois tipos de câncer de pulmão, dependendo de como as células aparecem ao exame no microscópio:
não pequenas células e
pequenas células.
Os cânceres de não pequenas células representam 80% de todos os casos. Esses incluem o adenocarcinoma, o carcinoma de células escamosas (epidermóide) e o carcinoma de grandes células. Os não pequenas células geralmente se disseminam lentamente para outros órgãos no corpo e pode ser difícil detectá-los em estágios precoces.
Já os cânceres de pequenas células são responsáveis por 20% dos casos de câncer de pulmão. Eles se disseminam muito rapidamente nos pulmões e para outros órgãos.
O QUE SE SENTE?
Existem muitos sintomas de câncer de pulmão. Entretanto, algumas vezes, os sintomas poderão se tornar óbvios apenas quando a doença estiver bem avançada.
Os sinais e sintomas de câncer de pulmão podem incluir:
tosse persistente ou mudança na tosse usual do fumante,
encurtamento da respiração,
escarro com sangue,
rouquidão,
dor torácica persistente ou aguda quando o indivíduo respira profundamente,
pneumonias de repetição,
sibilância.
Às vezes, as pessoas afetadas podem sentir mal-estar ou cansaço. Poderá haver também perda de peso ou apetite. Os sintomas podem ser devido à doença no pulmão, sua disseminação para os gânglios no tórax ou para outros órgãos como o cérebro, fígado, glândulas adrenais (uma de cada lado, logo acima de cada rim) ou ossos.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
O surgimento de algum sintoma ou sinal de doença respiratória poderá levar o paciente a procurar um médico clínico-geral ou especialista. Esse poderá dar início a uma investigação que, usualmente, inclui uma radiografia do tórax. Através dessa, o médico poderá detectar uma lesão suspeita. Uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética do tórax poderá detalhar mais essa lesão.
Nesse momento, o exame cito-patológico do escarro poderá ser solicitado, visto que é um exame simples que poderá confirmar a presença do câncer de pulmão. Contudo, a ausência de células malignas no escarro certamente não exclui a doença. O exame é normalmente coletado pela manhã, fazendo com que o paciente expectore num frasco de boca larga. O material é logo enviado para exame microscópico no laboratório
Existem outros procedimentos que têm o objetivo de fazer o diagnóstico da doença ou esclarecer a extensão dessa. Dentre eles estão: br> 
a fibrobroncoscopia,
a punção pulmonar com agulha,
a toracocentese e
a toracotomia.
A fibrobroncoscopia é um exame em que um aparelho flexível dotado de fibras ópticas e canal de instrumentação, por onde passam pinças e escovas, é introduzido pela boca ou pela narina, chegando até o pulmão. Dentro do pulmão, é realizada uma lavagem da área da lesão (lavado brônquico) e uma pequena escova é esfregada na lesão ou próxima dessa. São feitas lâminas com o esfregaço desse material da escova. Através de pinças, são obtidos pequenos pedaços da lesão. Todo esse material obtido (lavado, escovado e biópsia brônquica) é enviado para exame no laboratório de patologia. O rendimento da fibrobroncoscopia é maior nos casos de tumores centrais - que ficam mais ao alcance do aparelho.
Outra opção para obter substrato para o diagnóstico da doença é a punção pulmonar com agulha através da parede torácica. O médico, com o auxílio de exames de imagem para guiar a punção, aspira com uma seringa conectada a uma agulha, material da lesão tumoral ou retira um pedaço de tecido da lesão através de uma agulha de corte. Esse método diagnóstico é utilizado só nos casos em que o tumor tem uma localização bem periférica. Ou seja, quando a lesão está bem próxima da parede do tórax.
A toracocentese é a retirada do líquido que fica na cavidade pleural (entre o pulmão e a parede torácica). Aspira-se esse líquido com uma seringa conectada numa agulha após uma anestesia (geralmente local). É uma alternativa para o diagnóstico, pois alguns tumores do pulmão podem se apresentar dessa forma. O líquido é enviado para o exame laboratorial.
Freqüentemente há casos cujo diagnóstico vem através da retirada cirúrgica de gânglios comprometidos pela doença - sejam eles no tórax, pescoço ou outras localizações menos habituais.
A mediastinoscopia é um procedimento cirúrgico que aborda o mediastino (região situada entre os dois pulmões) e que freqüentemente é sede para a progressão da doença. Os tumores de pulmão, na maioria das vezes, se disseminam para os gânglios linfáticos do mediastino e, depois, para outros órgãos como ossos, fígado, cérebro e glândulas adrenais. Portanto, a mediastinoscopia pode, além de confirmar o carcinoma brônquico com seu tipo histológico (tipo de tecido), auxiliar no estadiamento da doença - mostrando se já é uma doença avançada ou não. Ajuda a definir o prognóstico do paciente.
Em alguns casos, a abertura cirúrgica do tórax (toracotomia) é necessária para a confirmação do câncer de pulmão. São casos em que o paciente tem que ficar hospitalizado.
COMO SE TRATA?
Os tumores malignos do pulmão podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Ou, então, essas modalidades terapêuticas podem ser combinadas.
A radioterapia é freqüentemente utilizada em conjunto com a cirurgia. Há vários casos em que, ao invés de se fazer a cirurgia, a radioterapia é combinada com a quimioterapia.
A quimioterapia - tratamento com medicações que combatem os tumores - também é utilizada em conjunto com a cirurgia, seja para tornar os tumores menores, facilitando a cirurgia, seja para ajudar a destruir as células cancerosas no local do tumor.
Uma outra alternativa é a terapia fotodinâmica, em que medicações são injetadas no corpo e, posteriormente, são ativadas com o uso do laser.
O médico decidirá o tratamento de acordo com o tipo celular do tumor, seu estágio e com as condições do paciente.
COMO SE PREVINE?
A única maneira eficaz de prevenir é a cessação do fumo.
Uma pessoa que nunca fumou poderá, em algum momento da vida, desenvolver um tumor maligno do pulmão. Contudo, esta situação é bem menos freqüente.
PERGUNTAS QUE VOCÊ PODE FAZER AO SEU MÉDICO
Qual a prevalência de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram?
O tabagismo passivo pode aumentar a chance de se desenvolver a doença?
Dentre os tumores não-pequenas células qual o mais freqüente?
O que é uma metástase?
O câncer de pulmão pode ser confundido com uma pneumonia na radiografia do tórax?
Por que motivo o câncer de pulmão pode levar à rouquidão?
A presença de derrame na pleura associado ao câncer de pulmão implica num pior prognóstico? 


Fonte: ABC da saúde


A DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)


A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a obstrução ou limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível e com repercussões sistêmicas a longo prazo. A limitação do fluxo aéreo é progressiva e está associada com resposta inflamatória anormal do pulmão.
Do ponto de vista nutricional, a desnutrição apresenta grande relevância. Está pode ser causada por alguns fatores: inapetência, muitas vezes causada por complicações da doença e do tratamento clínico medicamentoso; dificuldades mecânicas, distúrbios metabólicos, má absorção, hospitalização e fatores sócioeconômicos. (Exel and col., 2007)
A desnutrição pode acarretar em um enfraquecimento generalizado, redução de recuperação, piora do quadro clínico, aumento do risco de mortalidade. Além disso, pode haver alterações nas funções: muscular, respiratória, termorregulação, diminuição da resposta imnunológica, resistência à infecção e retardo da cicatrização de feridas. (Exel e col., 2007)
Desta maneira, torna-se de extrema importância a realização de uma avaliação nutricional adequada. É indicado mensurar o peso, a altura, o índice de massa corporal, a circunferência do braço, dobra cutânea do braço, dobra cutânea do tríceps, e dobra cutânea subescapular; exames laboratoriais, avaliação nutricional subjetiva global, interação droga-alimento e anamnese alimentar. A anamnese alimentar deve verificar a perda ou ganho de peso recente, doenças gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarréias; uso de medicamentos que interferem na absorção e utilização de nutrientes, como laxantes, antibióticos, anticoncepcionais; além de constatar se existe dificuldade de mastigação, lesões bucais e ingestão adequada dos alimentos. (SOUZA e col. 2009)
A recomendação nutricional mais atual para DPOC é de aproximadamente 25 a 30kcal/kg/dia para homens e 20 a 25kcal/kg/dia para mulheres. A distribuição dos macronutrientes é de 15 a 20% de proteína, 50 a 60% de carboidrato, 25 a 30% de lipídeos para pacientes eutróficos.
A obesidade é um fator prejudicial nos casos de DPOC, diante disto, é recomendado a diminuição de 500kcal/dia em relação ao gasto energético total. E em casos de desnutrição um aumento de 500 a 1000kcal/dia para auxiliar no ganho de peso. (DOURADO e col., 2009)
Para auxiliar no suporte nutricional pode ser utilizado ômega-3 (semente de uva, linho, canola, nozes, gérmen de trigo, e soja), ômega-6 (óleo de milho, girassol, soja e açafrão), glutamina, arginina, L-carnitina com o objetivo de melhorar a função imunológica. O ácido eicosapentaenóico (EPA), ácido γ-linoléico (GLA) e os antioxidantes tem mostrado um auxilio nos processos inflamatórios. Cabe lembrar que alguns estudos atuais questionam a adequação de imunoestimulantes em pacientes graves. (Exel e col., 2007)
A alimentação deve ser rica em vegetais, incluindo frutas diversas, leguminosas, cereais, hortaliças. Alimentos ricos em vitamina A, C e E, selênio, manganês, zinco, magnésio, vitamina B2 e aminoácidos sulfurados são antioxidantes que podem atuar como prevenção de doenças por auxiliarem no equilíbrio de formação de radicais livres. (Exel e col., 2007)

Fonte: RG Nutri

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