Alimentação e Qualidade de Vida
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A gravidez foi vista durante muito tempo como um problema circunscrito ao organismo da mulher, predominando o conceito de que o bebê era um parasita da mãe, ou seja o feto se servia da mãe para satisfazer suas necessidades de crescimento e desenvolvimento. Essa idéia levou uma despreocupação com relação à saúde do bebe, a atençãomaior era com relação as condições de saúde da mãe.
Pinard, no final do século passado, ao estudar gestantes concluiu que as mulheres que não trabalhavam e que repousavam no final da gravidez tinham filhos com peso maior e uma maior duração de gravidez do que as mães trabalhadoras. Estas tinham crianças com menor peso, prematuras, com menor sobrevivência e uma maior chance de adoecerem e morrerem. Ele então recomendava, nessa época, cuidados durante a gestação (pré-natal), e não somente após o nascimento. Mas continuavam sendo vistos os fatores que influenciavam as condições do nascimento do bebê, apenas como próprios da mãe.
Somente durante a Segunda Guerra Mundial um estudo conduzido por Antonov, em 1947, sobre o cerco de Leningrado, foi que se evidenciou claramente a relação entre o ganho de peso na gestação e o peso do bebe ao nascer.
Os estudiosos observaram, a partir de então, que a relação mãe-bebê não se dá como um parasitismo, pois os agravos a saúde da gestante, decorrentes principalmente da fome, exerciam influencia sobre o concepto, interferindo sobre o peso ao nascer.
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Logo abaixo você conhecerá os fatores de risco da gravidez, ressaltando a importância de se fazer pré-natal durante a gestação para que nenhuma complicação ocorra. E a saúde da mãe e do bebê sejam mantidas.
1) Idade Materna
1) Idade Materna
Classicamente se reconhece que o período mais adequado de se ter um filho é entre os 20 e 29 anos de idade.
Em um estudo sobre mortalidade materna no Brasil, mostraram que mulheres com mais de 30 anos morrem mais por complicações da gravidez, parto e puerpério do que as mulheres entre 20 e 29 anos. As adolescentes também possuem, pelas mesmas causas, uma maior taxa de mortalidade do que as mulheres de 20 a 29 anos, porém este coeficiente é inferior aos apresentados pelas mulheres com mais de 30 anos.
Estudos mostraram que ocorrem mais complicações durante a gestação de mulheres com idade acima de 30 anos, do que nos demais grupos de idade, principalmente em se tratando do primeiro filho.
Existe uma degeneração gradativa da eficiência reprodutiva com o aumento da idade da mulher o que é bem notavel depois dos 35 anos.
Assim a idade da mulher ao gerar um filho influencia o risco de saúde tanto da mãe, quanto de seu filho, agravando-se quando há circunstâncias que podem interferir na gestação, como por exemplos as condições socio-economicas da família, bem como a saúde da mulher.
2)Número de Filhos
Estudos relatam que gestantes jovens a espera de seu primeiro filho e gestantes que ja tiveram filhos com mais de 35 anos apresentaram maior taxa de mortalidade perinatal do que a gestante entre 20 e 34 anos, na primeira e terceira gestação.
Gestações sucessivas, com curto intervalo de tempo, implicam num esgotamento do organismo materno, sob o ponto de vista nutricional, aumentando as possibilidades da criança nascer com baixo peso, e consequentemente aumento da mortalidade infantil.
O intervalo de anos ideal após o primeiro filho considerado ideal é 2 anos.
É outro fator de risco frequentemente citado na literatura, como execendo influência no peso ao nascer do recém nascido e, por conseguinte em sua saúde.
Um estudo realizado na Faculdade da Saúde Pública da USP revelou que o peso do nascimento aumenta, com a maior estatura da mãe. Siqueira, estudando gestantes normais concluiu que as gestantes que deixaram de ganhar peso em controles mensais eram as que tinham 1,49 m ou menos de altura, apresentaram maior risco de terem recém-nascido de menor peso. É fato reconhecido que o maior aumento de peso do bebê durante a gestação , ocorre no último mês da gravidez
e a presença do fator limitante "espaço físico", como na imagem ao lado, local onde o bebe cresce e se desenvolve junto a placenta e líquidos durante a gestação, implicaria em menor espaço para o bebê crescer.
3) Pré - Natal
A assistência pré-natal tem papel decisivo no resultado da gestação. Ou seja uma boa assistência pré-natal e ao recém-nascido faz diminuir significativamente os casos de morte do bebê durante a gestação.Filhos de mulheres que não fazem pré-natal apresentam cinco vezes mais eventos negativos de saúde, tais como: morte durante a gestação,bebês com baixo peso ao nascer e prematuros.
Calendário de consultas:
O Ministério da Saúde recomenda o ínicio da assistência pré-natal ainda no primeiro trimestre da gestação um número mínimo de cinco consultas.
Inicio do pré-natal: após a suspeita de gravidez. Intervalo entre consultas deve ser de 4 semanas. Após a 36ª semana, o intervalo deve ser de 15 diasa, para avaliação da pressão arterial, edema, altura uterina, movimentos fetais e batimentos cardiofetais, idealmente a consulta com o nutricionista deve ocorrer em todas as consultas do pré-natal, ou, minimamente, uma consulta a cada trimestre.
Mulher, se você está no período gestacional e ainda não fez o Pré-natal, fique atenta se alguns desses sinais de perigo apareceram:”
O importante é procurar o Serviço de Saúde para fazer o acompanhamento médico, ele vai acompanhar seu gestação, orientar você e sua família.
Cuide-se, o Pré-natal é um direito seu e de seu filho!
4) Peso antes da gestação
Quanto maior o peso antes da gravidez maior será o peso do bebê ao nascer.Sendo portanto importante lembrar que o peso antes da gestação por si só, não atuaria isoladamente, sendo apenas um reflexo do que poderá ocorrer na evolução da gravidez.
5) Nutrição Materna e Ganho de Peso
O excesso de peso na gestação representa um risco tanto para a mãe quanto para o bebê. As novas recomendações do instituto de medicina (IOM) explicam em detalhes quanto peso as gestantes devem ganhar. Um grande problema é a falta de planejamento para a gestação. Engravidar acima do peso (ou muito abaixo) é perigoso. Assim, recomenda-se que para entrar na gestação, a mulher esteja com um IMC entre 19.8 e 26 kg/m2, valores associados a menor risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e problemas no parto. O sobrepeso e a obesidade também aumentam o risco de defeitos estruturais no feto, incluindoespinha bífida, defeitos cardíacos, atresia anoretal, problemas abdominais e na uretra, hérnias diafragmáticas dentre outros. Mulheres obesas também apresentam maior dificuldade para iniciar o aleitamento materno e mantê-lo por mais que 1 a 3 meses. O ganho de peso depende portanto do peso anterior a gestação. Mulheres acima do peso devem ganhar menos peso do que mulheres baixo peso.
Veja na tabelinha acima os valores recomendados. Mulheres esperando gêmeos precisam de um adicional de 500kcal/dia já no primeiro trimestre gestacional. Mulheres esperando um bebê só precisam adicionar 340 kcal diárias e após o segundo trimestre. No terceiro trimestre o adicional deverá ser de 450 kcal diárias.
Estudos demonstraram que quando a gravida durante a gestação apresentava um ganho inferior a 7 kg, a média de peso do bebê ao nascer estaria abaixo de 2, 700 kg e se este fosso inferior a 5 kg esta média passaria a ser 2,5 kg.
Estudiosos relatam que o ganho de peso deve ser no mínimo 12 kg. Este é o ganho recomendável para mulheres de peso normal em relação a altura, porem quando esta for desnutrida, seu ganho deverá ser maior, uma vez que ela necessita " recuperar seu peso" ao mesmo tempo em que tem o ganho gravídico.
Outros estudos demostraram que toda vez que a gestante independente do seu estado nutricional, se submetia a uma restrição alimentar, por conselho médico ou por conta própria, ocorria uma diminuição do peso ao nascer da criança, além do risco de resultar num desenvolvimento neurológico fetal comprometido.
6) Alcoolismo
Bebida e gestação: uma combinação nada boa!
O uso do álcool durante a gestação pode ser muito perigoso para a mamãe. Não existe uma dose limite pré-estabelecida para a ingestão do álcool pela gestante que não prejudique o bebê.
O álcool é uma substância com livre passagem pela placenta e, portanto, livre passagem para o feto. O fígado do bebê que está em formação metaboliza o álcool duas vezes mais lentamente que o fígado da sua mãe, isto é, o álcool permanece por mais tempo no organismo do bebê do que da sua mamãe. Viu o perigo?
O aborto espontâneo e o trabalho de parto prematuro, assim como outras complicações da gravidez, também estão relacionados com o uso do álcool, mesmo em quantidades menores. O risco de aborto espontâneo quase dobra quando a gestante consome álcool.
Os prejuízos causados no feto pelo álcool podem causar desde gestos desajeitados até problemas de comportamento, falta de crescimento, rosto desfigurado e retardo mental, dependendo da fase da gravidez e também da quantidade de álcool ingerido.
A Organização Mundial da Saúde estima que a cada ano 12 mil bebês no mundo nascem com a Síndrome Fetal do Álcool ou Síndrome do Alcoolismo Fetal (SAF) ou 2,2 de cada mil nascimentos vivos.
Síndrome do Álcool - A SAF é a conseqüência no feto do consumo de álcool durante a gravidez e é irreversível. Caracteriza-se por retardo no crescimento intra-uterino, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e intelectual, distúrbios do comportamento (irritabilidade e hiperatividade durante a infância), diminuição do tamanho do crânio (microcefalia), malformações da face como nariz curto, lábio superior fino e mandíbula pequena, pés tortos, malformações cardíacas, maior sensibilidade a infecções e maior taxa de mortalidade neonatal.
Por vezes, o bebê ao nascer não apresenta algum defeito físico, mas alguns sintomas podem não serem óbvios até que o bebê complete entre 3 e 4 anos.
Alteração no peso - O peso de um bebê que foi exposto ao álcool é normalmente inferior ao dos bebês de mães que não beberam durante a gravidez. O peso ao nascimento de bebês afetados pelo álcool é de aproximadamente 2 quilos e dos bebês saudáveis é de 3,5 quilos.
Conforme a criança cresce, outros prejuízos começam a aparecer, entre os quais a memória fraca, falta de concentração, raciocínio fraco e incapacidade de aprender com a experiência.
A exposição do feto, seja em que época da gravidez, ao álcool não tem como conseqüência necessariamente a SAF. Como já foi falado, não se conhecem níveis seguros de consumo de álcool durante a gravidez.
Na maioria dos recém-nascidos prejudicados pela ação do álcool antes do nascimento não ocorre anomalias faciais e a deficiência do crescimento que identificam a SAF. Mesmo assim, todos os pequenos que são expostos ao uso de álcool portam danos cerebrais e outros comprometimentos tão significativos quanto os que ocorrem nos portadores da SAF.
Nem todas as mães que bebem terão bebês com algumas seqüelas. Qualquer quantidade de álcool é um risco, mas qualquer abuso exagerado do álcool é prejudicial para o feto, principalmente durante os primeiros três meses.
Dicas
- O álcool deve ser evitado durante a gestação e durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.
- Como o álcool passa rapidamente para o sangue, o drinque da mamãe já atua sobre o bebê após 10 minutos.
- A extensão do dano causado pelo álcool no feto está relacionada com a duração e quantidade da ingestão de álcool.
- O álcool deve ser evitado durante a gestação e durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.
- Como o álcool passa rapidamente para o sangue, o drinque da mamãe já atua sobre o bebê após 10 minutos.
- A extensão do dano causado pelo álcool no feto está relacionada com a duração e quantidade da ingestão de álcool.
7) Fumo na gravidez
"O tabagismo tem sido considerado e comprovado como um grande fator de risco para problemas durante a gravidez. Aproximadamente, 25% a 40% das mulheres fumantes que engravidam tentam parar de fumar durante a gravidez. O texto que se segue refere-se a tais questões, expondo resultados de estudos médicos com diferentes grupos de gestantes acompanhadas durante e após a gravidez. A dificuldade em abandonar o vício. Uma luta que necessita de acompanhamento médico e psicológico".
Abandonar o Tabagismo, Uma Tarefa Difícil
Num estudo feito com gestantes da Nova Escócia desenvolvido pela Dra. Susan A. Kirkland do Departamento de Saúde Pública e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Halifax, acompanhou-se cerca de 8.500 mulheres durante a gravidez, registrando-se a presença de tabagismo, quantidade de cigarros consumidos por dia e época de utilização dos mesmos durante a gravidez. O objetivo do estudo foi documentar o comportamento das mulheres em relação ao hábito juntamente com a gravidez.
Dentre todas as mulheres, 69% continuaram fumando durante a gravidez, 8,4% estavam fumando na primeira consulta de pré-natal, mas pararam de fumar por volta da época do parto. Cerca de 13% cessaram o hábito antes mesmo da primeira consulta de pré-natal e não voltaram nem no final da gravidez. Entretanto, estima-se que cerca de 25% das mulheres não relataram a verdade sobre seu hábito o que torna tal avaliação de difícil controle. Cerca de 21% das fumantes conseguiram abstinência quando na época do parto o que foi uma estimativa menor do que a esperada através dos números de abstinência antes da primeira consulta.
Recém-Nascidos com Baixo Peso ao Nascer
Um outro estudo realizado pelo Dr. Lieberman E. e colaboradores da Faculdade de Medicina de Harvard, tentou demonstrar não só a associação do tabagismo com o baixo peso ao nascimento, mas também em qual época da gravidez, essa exposição irá refletir com maior gravidade no peso final do bebê.
Assim sendo, foram divididos vários grupos de gestantes de acordo com o hábito tabágico: não fumantes; fumantes durante toda a gravidez; fumantes durante somente o primeiro trimestre; fumantes durante o primeiro e segundo trimestres; fumantes durante os segundo e terceiro trimestres ou fumantes somente no terceiro trimestre.
As mulheres que pararam de fumar antes do terceiro trimestre não tiveram o risco aumentado de terem seus filhos com baixo peso ao nascimento quando comparadas com as mulheres não fumantes. Aquelas mulheres que fumaram durante os segundo e/ou terceiro trimestres tiveram um risco igual àquelas que fumaram durante toda a gravidez. Outro fator de importância foi que o risco aumentou de acordo com o número de cigarros fumados no terceiro trimestre. Assim sendo, é durante o terceiro trimestre, a fase onde o fumo mais atua como fator de diminuição do desenvolvimento fetal. Isso possibilita uma ampla abordagem a nível de acompanhamento pré-natal no intuito de se tentar a abstinência pelo menos no último trimestre. Mesmo assim, os programas não podem se restringir ao aconselhamento sobre a abstinência somente nessa fase da gravidez.
Parto Pré-Maturo
Outro efeito importante do cigarro na gravidez é o aumento do risco de parto antes da hora, ou seja, o bebê nasce sem estar ainda completamente desenvolvido, o que pode levar a graves complicações, principalmente respiratórias.
Um estudo realizado pelo Dr. Mainous AG e colaboradores, da Universidade de Kentucky - EUA, observou a influência do cigarro no parto pré-maturo. O objetivo foi a verificação de diferentes momentos de abstinência durante a gestação e a incidência de partos pré-termo. O estudo avaliou quase 5.000 mulheres. Os aspectos avaliados foram às características do hábito tabágico, o índice de partos pré-termo e baixo peso ao nascimento. As mulheres que não fumaram durante a gravidez tiveram um risco baixo de evoluir com um trabalho de parto prematuro ou um recém-nascido com baixo peso ao nascer (risco de 5,9% contra 8,2%).
Uma associação significante ocorreu entre as fumantes e os riscos citados. Quando comparadas as gestantes que fumaram somente no primeiro trimestre com aquelas que fumaram durante toda a gravidez, as primeiras tiveram um menor risco de baixo peso ao nascer e parto pré-termo (7% contra 9%). Por isso, novamente foi demonstrado a melhora dos padrões de complicações gestacionais naquelas mulheres que deixam o cigarro ainda no primeiro trimestre de gestação.
O Papel do Aconselhamento
Uma intervenção comportamental através de um aconselhamento pré-natal demonstrou ser essa uma boa ferramenta na diminuição do índice de tabagismo em gestantes em um estudo realizado pelo Dr. Mullen PD e colaboradores, da Escola de Saúde Pública da Universidade do Texas - EUA. De acordo com esse programa realizado, as gestantes devem ter um acompanhamento personalizado para que informações e conselhos possam ser dados dentro de uma relação de confiança e troca mútua. A comparação de diversos programas desse tipo demonstrou um ótimo aproveitamento, com um índice de abstinência de 70% na população submetida aos programas.
Conclusão
Mais uma vez, está demonstrada a imensa importância do acompanhamento pré-natal. Já fundamentado há vários anos e cada vez mais rico em exames preventivos, esse acompanhamento é a única forma segura de se garantir uma gravidez mais saudável e praticamente isenta de complicações tão trágicas como a morte fetal, a perda do útero e até o óbito materno.
Além dos aspectos biológicos envolvidos como a prevenção de infecções, diabetes gestacional, hipertensão gestacional, dentre outras, a consulta de pré-natal é antes de tudo, um espaço para que a gestante possa expor suas dúvidas, suas angústias, medos, desejos e fantasias que tantas vezes podem levar a quadros de ansiedade e depressão, facilmente acalmados com uma orientação e um esclarecimento de um profissional capacitado para tal. Muitas vezes, o cigarro pode estar justamente sendo utilizado com o intuito de diminuir tais ansiedades. Um bom aconselhamento, que pode ser feito ao longo de toda gravidez, pode dessa forma, diminuir também mais esse importante fator de risco, visto que a abstinência do cigarro no terceiro trimestre já pode ser, de alguma forma, considerada como uma vitória, naquelas pacientes que têm um vício muito difícil de ser tratado.
Fonte: CMAJ 2000;163(3):281-2
Abandonar o Tabagismo, Uma Tarefa Difícil
Num estudo feito com gestantes da Nova Escócia desenvolvido pela Dra. Susan A. Kirkland do Departamento de Saúde Pública e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Halifax, acompanhou-se cerca de 8.500 mulheres durante a gravidez, registrando-se a presença de tabagismo, quantidade de cigarros consumidos por dia e época de utilização dos mesmos durante a gravidez. O objetivo do estudo foi documentar o comportamento das mulheres em relação ao hábito juntamente com a gravidez.
Dentre todas as mulheres, 69% continuaram fumando durante a gravidez, 8,4% estavam fumando na primeira consulta de pré-natal, mas pararam de fumar por volta da época do parto. Cerca de 13% cessaram o hábito antes mesmo da primeira consulta de pré-natal e não voltaram nem no final da gravidez. Entretanto, estima-se que cerca de 25% das mulheres não relataram a verdade sobre seu hábito o que torna tal avaliação de difícil controle. Cerca de 21% das fumantes conseguiram abstinência quando na época do parto o que foi uma estimativa menor do que a esperada através dos números de abstinência antes da primeira consulta.
Recém-Nascidos com Baixo Peso ao Nascer
Um outro estudo realizado pelo Dr. Lieberman E. e colaboradores da Faculdade de Medicina de Harvard, tentou demonstrar não só a associação do tabagismo com o baixo peso ao nascimento, mas também em qual época da gravidez, essa exposição irá refletir com maior gravidade no peso final do bebê.
Assim sendo, foram divididos vários grupos de gestantes de acordo com o hábito tabágico: não fumantes; fumantes durante toda a gravidez; fumantes durante somente o primeiro trimestre; fumantes durante o primeiro e segundo trimestres; fumantes durante os segundo e terceiro trimestres ou fumantes somente no terceiro trimestre.
As mulheres que pararam de fumar antes do terceiro trimestre não tiveram o risco aumentado de terem seus filhos com baixo peso ao nascimento quando comparadas com as mulheres não fumantes. Aquelas mulheres que fumaram durante os segundo e/ou terceiro trimestres tiveram um risco igual àquelas que fumaram durante toda a gravidez. Outro fator de importância foi que o risco aumentou de acordo com o número de cigarros fumados no terceiro trimestre. Assim sendo, é durante o terceiro trimestre, a fase onde o fumo mais atua como fator de diminuição do desenvolvimento fetal. Isso possibilita uma ampla abordagem a nível de acompanhamento pré-natal no intuito de se tentar a abstinência pelo menos no último trimestre. Mesmo assim, os programas não podem se restringir ao aconselhamento sobre a abstinência somente nessa fase da gravidez.
Parto Pré-Maturo
Outro efeito importante do cigarro na gravidez é o aumento do risco de parto antes da hora, ou seja, o bebê nasce sem estar ainda completamente desenvolvido, o que pode levar a graves complicações, principalmente respiratórias.
Um estudo realizado pelo Dr. Mainous AG e colaboradores, da Universidade de Kentucky - EUA, observou a influência do cigarro no parto pré-maturo. O objetivo foi a verificação de diferentes momentos de abstinência durante a gestação e a incidência de partos pré-termo. O estudo avaliou quase 5.000 mulheres. Os aspectos avaliados foram às características do hábito tabágico, o índice de partos pré-termo e baixo peso ao nascimento. As mulheres que não fumaram durante a gravidez tiveram um risco baixo de evoluir com um trabalho de parto prematuro ou um recém-nascido com baixo peso ao nascer (risco de 5,9% contra 8,2%).
Uma associação significante ocorreu entre as fumantes e os riscos citados. Quando comparadas as gestantes que fumaram somente no primeiro trimestre com aquelas que fumaram durante toda a gravidez, as primeiras tiveram um menor risco de baixo peso ao nascer e parto pré-termo (7% contra 9%). Por isso, novamente foi demonstrado a melhora dos padrões de complicações gestacionais naquelas mulheres que deixam o cigarro ainda no primeiro trimestre de gestação.
O Papel do Aconselhamento
Uma intervenção comportamental através de um aconselhamento pré-natal demonstrou ser essa uma boa ferramenta na diminuição do índice de tabagismo em gestantes em um estudo realizado pelo Dr. Mullen PD e colaboradores, da Escola de Saúde Pública da Universidade do Texas - EUA. De acordo com esse programa realizado, as gestantes devem ter um acompanhamento personalizado para que informações e conselhos possam ser dados dentro de uma relação de confiança e troca mútua. A comparação de diversos programas desse tipo demonstrou um ótimo aproveitamento, com um índice de abstinência de 70% na população submetida aos programas.
Conclusão
Mais uma vez, está demonstrada a imensa importância do acompanhamento pré-natal. Já fundamentado há vários anos e cada vez mais rico em exames preventivos, esse acompanhamento é a única forma segura de se garantir uma gravidez mais saudável e praticamente isenta de complicações tão trágicas como a morte fetal, a perda do útero e até o óbito materno.
Além dos aspectos biológicos envolvidos como a prevenção de infecções, diabetes gestacional, hipertensão gestacional, dentre outras, a consulta de pré-natal é antes de tudo, um espaço para que a gestante possa expor suas dúvidas, suas angústias, medos, desejos e fantasias que tantas vezes podem levar a quadros de ansiedade e depressão, facilmente acalmados com uma orientação e um esclarecimento de um profissional capacitado para tal. Muitas vezes, o cigarro pode estar justamente sendo utilizado com o intuito de diminuir tais ansiedades. Um bom aconselhamento, que pode ser feito ao longo de toda gravidez, pode dessa forma, diminuir também mais esse importante fator de risco, visto que a abstinência do cigarro no terceiro trimestre já pode ser, de alguma forma, considerada como uma vitória, naquelas pacientes que têm um vício muito difícil de ser tratado.
Fonte: CMAJ 2000;163(3):281-2
8) Anemia Ferropriva na gravidez
O que é Anemia Ferropriva?
Anemia por deficiência de ferro. Dentre as anemias relacionadas acima a mais comum e a mais importante é a Anemia Ferropriva.
Anemia na gravidez, definida como a presenca no sangue periferico, de niveis inferiores a 11 g/dL de hemoglobina, e o problema hematologico mais frequente da gestacao, acometendo mais de 50 por cento das gravidas, notadamente nos paises mais pobres, onde pode alcancar 88 por cento, como na India. A ferro-deficiencia decorre da necessidade aumentada do mineral pelo crescimento do bebê e da placenta, pela expansao do volume sanguineo e das celulas vermelhas, com a evolucao da gravidez. O aumento do volume do sangue e a expansao do tamanho dos eritrocitos, caracteristicas da gravidez, dificultam o diagnostico laboratorial da anemia. Entao, utilizam-se varios exames para o esclarecimento do surgimento da anemia. Apesar das controversias, a maioria dos autores recomenda suplementacao universal de ferro durante a gravidez.
A anemia em gestantes é uma condição frequente e perigosa. Em países desenvolvidos, estima-se que aproximadamente 18% das gestantes apresentem anemia durante a gravidez. Nos países em desenvolvimento, o índice aumenta de maneira significante, variandode 35% a 75%.
Segundo especialistas, casos severos de anemia estão associados a uma acentuada taxa de mortalidade entre as gestantes. Todavia, graus leves e moderados parecem não aumentar tal risco. Grande parte dos casos está relacionada a questões socio - econômicas,como falta de nutrição adequada e dificuldade de acesso aos serviços deassistência pré-natal.
Além de questões socio - econômicas, a anemia gestacional acontece por diversas causas. Entre os principais motivos está o aumento na demanda de ácido fólico pelo organismo – devidoà produção dos tecidos e órgãos do feto. Baixos níveis de ácido fólico colocam a gestante em risco de desenvolver anemia megaloblástica. Isso pode acarretar problemas irreversíveis para o feto, como defeitos na formação do tubo neural (estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal) ou espinha bifida.
Os sintomas da anemia durante a gravidez são idênticos aos apresentados por não grávidas. O acompanhamento médico é imprescindível, pois muitos desconfortos podem ser confundidos com a doença. Por exemplo, fraqueza, sensação de falta de ar, fadigabilidade eirritabilidade podem ser relatadas por gestantes sem que estejam com graus significativos de anemia. Tais sintomas podem ser causados pelo aumento de peso,aumento do volume uterino, instabilidade emocional, entre outras alterações.
O diagnóstico segue as mesmas linhas gerais da análise feita em não grávidas. É importante realizar avaliação da história clínica da gestante, assim como um exame físico completo. Além disso, exames laboratoriais para avaliar os estoques de ferro e ácido fólico doorganismo podem ser necessários em vários momentos da gestação. Em casos mais severos, pode ser necessário lançar mão de exames de imagem e até mesmo procedimentos invasivos, como a amniocentese – que avalia a anemia diretamente no feto.
A prevenção da anemia na gestação pode ser feita com suplementação de ferro e ácido fólico, além de orientação nutricional. É importante lembrar que gestantes vegetarianas devem receber suplementação de outras vitaminas, como as do “complexo B”, que estão presentes principalmente em alimentos de origem animal. As futuras mamães que desenvolvem anemia moderada e severa podem necessitar de doses maiores de ferro. Em alguns casos, pode ser necessário usar reposição intravenosa de ferro ou mesmo hemotransfusões para o tratamento.
Alimentação e Gravidez |
A melhor garantia para a sustentação da gravidez é uma alimentação variada e rica em carnes e frutas. Na opinião de vários especialistas é nos alimentos que o bebê encontra importantes fonte de vitaminas, como os sais minerais e vários outros nutrientes considerados indispensáveis ao desenvolvimento intrauterino. Prefira comer para dois e não por dois. Em caso de alguma dúvida, converse com o seu médico ou procure por um especialista que são os profissionais indicados para orientar sobre a alimentação mais adequada. Vitamina A - Auxilia o desenvolvimento celular, crescimento ósseo e na formação do broto dentário do feto. Interfere no desenvolvimento do tecido ocular e no sistema imunológico da gestante. - Carência severa: diminuição das defesas contra infecções. - Onde encontrar: leite e derivados, gema de ovo, fígado, frutas como laranja e mamão, couve e vegetais amarelos. Ácido Fólico - Carência severa: risco de malformação fetal. - Onde encontrar: fígado e verduras de cor verde-escura, como brócolis. - Tem influência na produção de núcleo celular (DNA), que determina a formação do bebê. Muitos obstetras sugerem aumentar a ingestão desse nutriente assim que a mulher resolve engravidar. Carboidrato - Encontrado na batata, arroz e massas, como pão e macarrão. - Fonte de energia do organismo. Sem ele o corpo queima gorduras e proteínas, o que não é recomendável principalmente na gestação. - Carência severa: fadiga excessiva. Ferro - É necessário para a formação das células sangíneas do feto. O aumento do volume sanguíneo na mãe também exige maior produção de hemoglobina, pigmento que dá a cor vermelha às células do sangue e responsável pelo carreamento do oxigênio. O ferro á matéria-prima da hemoglobina. - A carência severa provoca anemia materna. O ferro pode ser encontrado no fígado, carnes em geral, leguminosas como o feijão. Vitaminas D e E - Mantêm a integridade das células que transportam oxigênio. A vitamina D, aliada ao sol, promove a absorção de cálcio e fósforo e sua fixação nos ossos e dentes. - A carência severa pode levar raquitismo na gestante e alteração óssea no bebê. - É encontrada nos laticínios, fígado e gema sendo ricos em ambas. A vitamina E está também no milho, aveia, feijão e verduras. Vitamina C - Onde encontrar: frutas cítricas, banana, manga, caju, rabanete, tomate, pimentão e verduras. - Fundamental para a formação do colágeno, que compõe pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem. Aumenta a absorção do ferro e fortalece o sistema imunológico. - A sua carência severa: enfraquecimento das defesas imunológicas da mãe e fragilização do tecido vascular. Niacina (Do complexo B) - Estimula o desenvolvimento cerebral do feto. Tem a propriedade de transformar glicose (açúcar) em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais. - Carência severa: pode causar diarréia, dermatite e intenso nervosismo na gestante. - Onde encontrar: verduras, legumes, gema de ovo, leveduras (só em cápsulas), carne magra, leite e derivados. Tiamina (B1) - Favorece também o metabolismo energético materno e fetal, transformando glicose em energia. - Carência severa: pode provocar insuficiência cardíaca e fraqueza muscular na gestante. - As carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes, leveduras são as grandes fontes de tiamina (B1). Piridoxina (B6) - Onde encontrar: trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados, leveduras. - É importante para o crescimento e ganho de peso do feto, principalmente a partir do segundo semestre da gestação. - Carência severa: baixo peso fetal e irritabilidade na gestante. Magnésio - Encontrada nas nozes, soja, cacau, frutos do ar, cereais integrais, feijões e ervilhas. É ativador das enzimas responsáveis pela aceleração das reações químicas do organismo. Atua no funcionamento celular, dando condições para a formação e o crescimento dos tecidos. - Carência severa: causa a fadiga excessiva na gestante. Cálcio e Fósforo - Encontrada no leite e derivados, gema de ovo e cereais integrais são ricos em cálcio. Carnes magras e laticínios fornecem fósforo. - Participam da formação dos brotos dentários e do esqueleto fetal. O cálcio também atua no processo de coagulação. - Carência severa: malformação óssea e dentária do feto. Na mãe, gengivite e cãibras. - Qualquer dúvida, procure o seu médico. Ele é o profissional indicado para prestar qualquer tipo de informação sobre os alimentos mais indicados para uma gravidez tranqüila e a garantia de um bebê saudável. Por Vivian Maria |
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>> Massas, bolos e pães: atualmente as farinhas de trigo e milho são enriquecidas com ferro e ácido fólico por determinação do Ministério da Saúde;
Fonte: Zulfiqar Bhutta, Tahmeed Ahmed, Robert Black, et al. The Lancet. Maternal and child undernutrition: an urgent opportunity. January 17, 2008-01-18.
Concepção, Nutrição e Gestação
A fecundação:
Após a menstruação o útero é preparado para receber o óvulo fecundado. Diversas alterações hormonais ocorrem no organismo da mulher e, cerca de 14 dias antes da menstruação, ocorre a ovulação. Após a liberação do óvulo pelo ovário, ele tem 12 horas para ser fecundado. Caso isso não aconteça, a gestação não ocorrerá. O óvulo liberado pelo ovário percorrerá a trompa e chegará no útero, onde poderá se fixar quando fecundado pelo espermatozóide.
O espermatozóide, dentro do corpo da mulher consegue se manter viável por até 72 horas. Isso facilita a fecundação, pois a partir do momento que o óvulo é liberado do ovário, já pode haver espermatozóides prontos para a fecundação, provenientes de relações sexuais anteriores ao dia da ovulação.
A maior chance de engravidar ocorre quando há relação sexual no dia anterior à ovulação.
Não havendo a fecundação, o útero que estava pronto para receber o óvulo fecundado (cheio de sangue no interior), ao “perceber” que isso não ocorreu, sofre modificações, soltando toda essa preparação. O seu interior “se solta” ocorrendo assim uma perda de sangue significativa – é a menstruação.
Não havendo a fecundação, o útero que estava pronto para receber o óvulo fecundado (cheio de sangue no interior), ao “perceber” que isso não ocorreu, sofre modificações, soltando toda essa preparação. O seu interior “se solta” ocorrendo assim uma perda de sangue significativa – é a menstruação.
Curiosidade: no momento da implantação do óvulo fecundado no útero, pode ocorrer um pequeno sangramento, que pode ser confundido com a menstruação. Esse sangramento tende a ser bem pequeno, mas mesmo assim, algumas mulheres, especialmente as que têm ciclos irregulares, podem se confundir e pensar que a menstruação ocorreu.
Como saber se a ovulação está ocorrendo?
O organismo da mulher pode demonstrar isso de algumas formas.
Na região da vulva e vagina pode surgir uma secreção mais esbranquiçada e viscosa nesses dias. Muitas mulheres conseguem percebê-la principalmente pela manhã ou no decorrer do dia durante a sua higienização pessoal.
Na região da vulva e vagina pode surgir uma secreção mais esbranquiçada e viscosa nesses dias. Muitas mulheres conseguem percebê-la principalmente pela manhã ou no decorrer do dia durante a sua higienização pessoal.
Outra forma de avaliar é por meio da medida da temperatura corporal. Quando a mulher mede a sua temperatura diariamente (com um termômetro comum na axila), pode perceber, no dia da ovulação, um aumento de 0,3 a 0,5 oC, que assim permanece por 11 a 14 dias. Essa avaliação está sujeita a erros, pois em cerca de 20% dos ciclos não ocorre essa alteração.
O que acontece após a fecundação
Logo após a fecundação ocorre uma divisão celular muito rápida. O bebê começa a se desenvolver. Esse ponto é crítico quando ocorre a falta de alguns nutrientes, mas em especial o ácido fólico (Vitamina B9) e a vitamina B12, pois ambas são essenciais para que as células possam multiplicar o seu código genético (DNA) e formar novas células.
A deficiência de uma dessas vitaminas, ou de ambas, aumenta muito o risco de má formação fetal, em especial os defeitos no tubo neural. O tubo neural do embrião, quando não se fecha adequadamente resulta na não formação do cérebro (ocasionando a morte em poucos dias) ou na espinha bífida, que provoca paralisia da parte inferior do corpo além da perda do controle dos intestinos e bexiga. Isso é irreversível! Nos Estados Unidos da América, para cada 1000 bebês nascidos, um apresenta defeito no tubo neural.
Mulheres com baixos níveis de B12 têm 2,5 a 3 vezes mais chances de ter bebês com defeitos no tubo neural. Já as mulheres com deficiência de B12 têm 5 vezes mais chance de ter o problema.
O pré-natal
Todas as mulheres devem fazer uma avaliação com o seu ginecologista/obstetra antes de engravidar. Essa avaliação, dentre muitas observações, verificará possíveis problemas que podem trazer complicações para a gestação e para a formação do bebê. Um exemplo típico, é o rastreamento de algumas infecções virais, como a rubéola, toxoplasmose, que podem causar malformações irreversíveis ao bebê em formação, como surdez e cegueira.
O ácido fólico é prescrito de forma rotineira para muitas mulheres que querem engravidar. Por quê?
Estudos no passado verificaram que a população onívora apresenta elevados índices de deficiência dessa vitamina e isso, quando presente, coloca em risco a formação do bebê. Dessa forma, a grande maioria das mulheres que pretendem engravidar recebem do seu médico a orientação de uso de suplemento de ácido fólico (vitamina B9).
Estudos no passado verificaram que a população onívora apresenta elevados índices de deficiência dessa vitamina e isso, quando presente, coloca em risco a formação do bebê. Dessa forma, a grande maioria das mulheres que pretendem engravidar recebem do seu médico a orientação de uso de suplemento de ácido fólico (vitamina B9).
De onde provêm essas vitaminas?
O ácido fólico (vitamina B9) é proveniente do reino vegetal (apesar de poder ser encontrado no fígado de animais). Essa vitamina se perde com o aquecimento, portanto, frutas e verduras cruas são as suas principais fontes.
A vitamina B12, já bastante conhecida pelos vegetarianos, está presente nas carnes (fonte mais rica e de mais fácil absorção), leite, queijos e ovos (pior fonte, pois apenas 9% é absorvida).
Em consultório doso essas vitaminas de todos os pacientes que atendo e, até hoje, nunca encontrei um único vegetariano com vitamina B9 baixa (muitos inclusive apresentam níveis acima do padrão superior de normalidade), mas tenho inúmeras dosagens apontando deficiência de B12.
Onívoros e vegetarianos: qual é a diferença?
A diferença é marcante!
Os onívoros costumam apresentar um nível sanguíneo (decorrente da ingestão) mais elevado de vitamina B12 e mais baixo de ácido fólico (vitamina B9).
Os vegetarianos apresentam justamente o contrário: um nível sanguíneo mais elevado de vitamina B9 e mais baixo de B12.
Isso significa que as mulheres onívoras têm um risco maior de má formação fetal por deficiência de vitamina B9, enquanto as vegetarianas têm por falta de B12.
Os onívoros costumam apresentar um nível sanguíneo (decorrente da ingestão) mais elevado de vitamina B12 e mais baixo de ácido fólico (vitamina B9).
Os vegetarianos apresentam justamente o contrário: um nível sanguíneo mais elevado de vitamina B9 e mais baixo de B12.
Isso significa que as mulheres onívoras têm um risco maior de má formação fetal por deficiência de vitamina B9, enquanto as vegetarianas têm por falta de B12.
O movimento mundial
Como medida de saúde coletiva, há incentivo ao uso de vitamina B9 para todas as mulheres que querem engravidar. Vale lembrar que o olhar global tende a ser para a massa da população, ou seja: onívoros.
Não é à toa que além desse incentivo de suplementação para a gestação, as farinhas são enriquecidas com ácido fólico.
Não é à toa que além desse incentivo de suplementação para a gestação, as farinhas são enriquecidas com ácido fólico.
O alarme sobre a deficiência de B12 ocasionando a má formação fetal em bebês de mães vegetarianas, especialmente veganas é um fato a ser considerado e mais um motivo que damos ênfase à suplementação em vegetarianos, especialmente na gestação e pré-concepção.
Como a população vegetariana está aumentando, é bastante coerente que as medidas de sa úde coletiva sejam voltadas para atender os potenciais riscos dessa população, especialmente com relação à deficiência de B12 (ponto mais importante da dieta vegetariana).
Condenar a dieta vegetariana para gestantes é um erro
Alguns cientistas, frente ao maior risco de deficiência de B12 em vegetarianas, condenam a sua adoção na gestação. Esse raciocínio é limitado!
Se fossemos adotar esse mesmo pensamento ao descobrirmos que as onívoras têm esse mesmo risco, mas com relação à deficiência de B9, ninguém incentivaria a dieta onívora para gestantes.
Se fossemos adotar esse mesmo pensamento ao descobrirmos que as onívoras têm esse mesmo risco, mas com relação à deficiência de B9, ninguém incentivaria a dieta onívora para gestantes.
O foco a ser trabalhado, assim como foi feito com as onívoras, é incentivar os profissionais de saúde a prescreverem o uso de B12 para vegetarianos e incentivar medidas públicas visando a adição de B12 em gêneros alimentícios.
Suplemento de B9 e B12 para gestantes vegetarianas. Quando?
De forma geral, eu poderia sugerir: de B12 sempre; de ácido fólico às vezes.
Quando temos os exames laboratoriais dosando essas vitaminas, pode não ser necessário fazer nenhum tipo de suplementação, desde que os níveis estejam normais ou elevados.
Quando temos os exames laboratoriais dosando essas vitaminas, pode não ser necessário fazer nenhum tipo de suplementação, desde que os níveis estejam normais ou elevados.
Se a mulher é vegetariana, muito provavelmente não precisaria fazer uso de suplementação de ácido fólico, mas seria prudente fazer de B12. Não havendo exames dosando essas vitaminas, o mais prudente seria suplementar ambas.
Havendo deficiência de B12 e principalmente quando é necessário corrigi-la rapidamente, dependendo dos níveis sanguíneos de ácido fólico, pode ser necessário suplementá-lo junto, pois o metabolismo de B12 solicita o ácido fólico e ele será consumido. Essa avaliação deve ser feita pelo seu médico, sempre avaliando os exames laboratoriais desses nutrientes, assim como os níveis de ferro no organismo.
Não dê mole para a B12
A deficiência é muito freqüente em vegetarianos e os efeitos na gestação, especialmente no seu início, são graves e irreversíveis! Mantenha sempre a sua B12 acima de 490 pg/mL.
Não dê mole para a B12
A deficiência é muito freqüente em vegetarianos e os efeitos na gestação, especialmente no seu início, são graves e irreversíveis! Mantenha sempre a sua B12 acima de 490 pg/mL.
Fonte: http://materna.uol.com.br/gestante/157/ : Dr Eric Slywitch é Médico, Mestre em nutrição (pela UNIFESP/EPM); Especialista em Nutrologia (pela ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia); Especialista em Nutrição Parenteral e Enteral (pela SBNPE – Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral); Pós-graduado em Nutrição Clínica (pelo GANEP – Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral); Docente dos cursos de especialização (pós-graduação “latu sensu”):GANEP (Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral); IPCE (Instituto de Pesquisa, Capacitação e Especialização); Faculdades CBES (Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos); Coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira).
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Ácido Fólico na Gestação
Se você está planejando um bebê é importante que a sua saúde esteja plena e em dia em todos os quesitos
Essa é a grande vantagem de se programar uma gravidez onde a mulher pode ter o tempo necessário para colocar a sua saúde em dia e preparar o seu corpo para a gestação.
O ácido fólico ou folato também conhecido como vitamina M ou B9 é uma vitamina pertencente ao complexo B necessário para a formação de proteínas estruturais, durante a síntese de DNA, RNA e para produção de novas células e é extremamente importante na gestação.
A falta de ácido fólico aumenta a possibilidade de um defeito do tubo neural do bebê. O tubo neural que tem seu desenvolvimento logo nos primeiros 28 dias de gestação é o início do sistema nervoso do embrião para a formação do cérebro e medula espinhal.
A chamada espinha bífida é uma malformação congênita do sistema nervoso central na qual as vértebras (ossos da coluna vertebral) que cercam a medula espinhal se fecham de forma incompleta. Além da espinha bífida e anencefalia (ausência parcial ou total do cérebro), há estudos e evidências que comprovam que a deficiência de ácido fólico no organismo da mãe também pode ocasionar problemas como lábio leporino e fenda palatina, cardiopatia (doença cardíaca congênita) e o risco de um parto prematuro e aborto espontâneo.
Estudos e pesquisas indicam que a ingestão de ácido fólico pelo menos um mês antes da concepção e durante os três primeiros meses de gestação reduz de modo significativo a incidência desses problemas.
Nos Estados Unidos os médicos ginecologistas recomendam uma dose diária de 0,4 mg ou 400 mcg para todas as mulheres em idade fértil independente de ter ou não intenção de engravidar a curto prazo. E quando gestantes de 600 mcg ou mg.
Existem muitos alimentos ricos em ácido fólico que devem fazer parte do cardápio da futura mamãe;
Veja abaixo uma lista desses alimentos;
>> Vegetais de folha verde escuro tais como; espinafre, couve, brócolis, agrião, alface e escarola (Procure cozinhar os legumes e verduras somente no vapor evitando assim a perda de vitaminas);
>> Frutas cítricas; laranja, limão, acerola, caju e outras frutas como banana, melão, morango e abacate;
>> Legumes como; tomate, cenoura e abóbora;
>> Feijão, lentilha;
>> Farinha de soja, arroz integral, farinha de centeio, aveia, gérmen de trigo;
>> Cogumelos;
>> Amêndoas, amendoim, avelã;
>> Mel
>> Fígado de galinha e de boi;
>> Gema de ovo
>> Carne vermelha e salmão (devem ser consumidos bem passados, assados ou cozidos durante a gestação evitando contaminação – toxoplasmose).
Embora devam fazer parte da alimentação da gestante, a vitamina fornecida através desses alimentos pode não ser suficiente e não satisfazer a necessidade diária do organismo. Por isso os suplementos são recomendados para suprir qualquer tipo de carência da vitamina.
O acido fólico é uma vitamina natural que o corpo necessita e por ser hidrossolúvel (solúvel em água) são excretados através da urina quando ingerido em excesso, eliminando qualquer risco de efeitos colaterais.
Além das mamães, todas as pessoas devem estar atentas a qualidade da sua alimentação incluindo os alimentos acima em sua dieta.
Importante salientar que os futuros papais devem aproveitar e acompanhar a dieta alimentar da esposa a fim de cuidar também da sua saúde. Segundo estudo realizado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, uma dieta rica em ácido fólico pode proteger homens contra a produção de espermatozóides com anormalidades em seus cromossomos.
Os pesquisadores ainda não confirmam tal fato alertando que o estudo tenha encontrado apenas uma ligação entre uma coisa e outra e não uma relação de causa e efeito.
Veja abaixo alguns sinais e sintomas que podem indicar a carência de ácido fólico no organismo segundo a Associação Brasileira de Medicina Biomolecular.
1 – Geral – dor de cabeça
2 – Humor – apatia/ letargia/ lassitude
3 – Sistema Nervoso Central – insônia, diminuição da memória
4 – Neuro Muscular – Fraqueza muscular, fadiga/cansaço, dores nas pernas, movimentos às vezes sem coordenação (ex: objetos caem das mãos)
5 – Boca Garganta – Afta (feridas muito dolorosas na boca ou faringe)
6 – Língua – língua vermelha, lisa e dolorosa
7 – Gastro Intestinal – Falta de apetite, indigestão
8 – Intestino – tendência de intestino preso/ ressecado não funcionando diariamente ou eliminação de fezes com esforço ou dificuldade
9 – Cardio Pulmonar – Dificuldade de respirar, respiração curta
Se está apresentando 8 desses sintomas é provável que esteja com deficiência de ácido fólico.
Por Vivian Maria
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Recomendações de Dieta Ideal para Gestante- 1. A dieta ideal para as gestantes é aquela que mantém todos os nutrientes para a formação do bebê. Então, nem pensar em comer qualquer coisinha na hora da fome, porque diariamente o corpo precisa de nutrientes para a formação de um montão de células novas. Mas, também não pode exceder em calorias, pois o aumento de peso da mãe, não oferece bom peso para o bebê e ainda, pode trazer riscos para os dois, como por exemplo, a eclâmpsia, que é o aumento de pressão arterial, que coloca em risco a vida dos dois.
Neste raro período em que a mulher passa, deve-se alimentar basicamente de carnes magras, verduras, legumes, frutas , leite e grãos e cereais.
- Existe uma necessidade calórica aumentada no período gestacional, de aproximadamente 300 Kcal , o que significa que NÃO precisamos comer por dois. Então podemos comer tudo, mas o ideal é começar aumentar as necessidades calóricas do dia, após o primeiro trimestre, já entrando no quarto mês de gestação. Pois no início, o ganho de peso é só da mãe e depois disto o bebê precisa ganhar peso, pois está crescendo. Existe uma necessidade maior de vitaminas e minerais, atualmente coberto por suplementação nutricional, indicada pelo médico que acompanha a gestante. E pela alimentação as frutas, hortaliças e carnes magras são boas fontes destes nutrientes.
- Deve-se evitar por todo período grandes excessos em quantidade alimentar, o que provavelmente estará excedendo as 300 necessários, e principalmente gorduras de frituras, e alimentos gordurosos e dificultam a circulação sangüínea, aumentam os riscos de colesterol e aumenta a gordura corporal .O excesso de sal também deve ser evitado pois aumenta a pressão arterial porém não deve ser eliminado, pois freqüentemente as gestantes experimentam períodos de queda da pressão, ocasionando tonturas e mal estar. É comum por todo processo de transformação no corpo e até pela alteração emocional, quadros de enjôo, e por isso a gestante deve dividir ao máximo suas refeições, fazendo então, várias pequenas refeições durante o dia, evitando o jejum prolongado, e dar preferência a alimentos que não provoquem mais formação ácida, como alimentos muito ácido e gordura. Um pouco de ácido, até melhora o quadro de enjôo, mas pouco, como por exemplo água a algumas gotas de limão ou água com um rodela de limão, ou uma fruta fresca. A redução de gordura da dieta não significa alimentos diets ou lights, já que os alimentos com pouca gordura, como leite integral são boas fontes de vitamina D, que tem papel importante na formação dos ossos do bebê.
- Portanto, nos primeiros meses a gestante deve manter uma dieta normal, sem restrições calóricas, porém sem excessos. Como a ansiedade é inevitável, aquela sensação de fome, que na verdade é mais vontade de comer, deve ser diminuída com frutas e sucos de frutas. E a dieta normal significa, carnes magras, hortaliças, arroz ou massas , feijão ou outro grão como lentilha e dois copos de leite ou iogurte por dia.
- Como a Natureza é sábia, se a mãe não fornecer pelos alimentos os nutrientes necessários para o bebê, o corpo da mãe fornece, e isto é particularmente freqüente com a deficiência de cálcio, que se não for suficiente pela alimentação, pode levar a fraturas de dentes e cãibras ocasionadas por deficiência de cálcio, na mãe . E também particularmente, pela grande necessidade de ácido fólico, uma vitamina do complexo B, que deve ser consumida pela mãe no inicio da gestação, para evitar má formação no bebê, deve ser coberta pela suplementação nutricional, já habitualmente recomendada pelo médico.
- Espera -se um ganho de peso , durante todo período de 9 à 12 quilos, não havendo a possibilidade de se fazer dieta de emagrecimento, no inicio de um gestação , caso mãe tenha engravidado acima do peso ideal. A contagem se faz partir do primeiro mês, sobre o peso que a mãe tem. Depois do parto pode se pensar em dieta, com cuidados para não diminuir a produção do leite materno.
- A dieta de redução de peso, se faz com restrição de calorias , o que pode levar nutrientes em quantidades insuficientes para a formação do bebe. Não pode haver desnutrição intra-uterina, o que pode levar a diminuição do nível de inteligência e outras seqüelas, inclusive com atraso motor. Por isso não se recomenda dieta para perda de peso para mãe que engravidou acima de peso. A única coisa que se pode fazer, é uma dieta que mantenha um ganho ponderal de até 9 quilos até o final da gestação, permitindo que o bebê tenha aproximadamente 3 quilos ao nascer.
- As dietas rigorosas diminuem as quantidades de carboidratos, responsáveis pela energia necessária ao ganho de peso e crescimento do bebê. Os níveis de proteínas diminuídas podem levar à má formação de placenta, e ainda atraso no desenvolvimento motor, celular e nervoso. A diminuição de gorduras diminui a absorção de vitamina A, D, E e K. A vitamina A responsável pela formação das mucosa crescimento ósseo, e de tecidos, a vitamina D na formação dos ossos, a vitamina E como anti oxidante e anti hemorrágica e a vitamina K como controladora da coagulação sangüínea.
Regras gerais para a alimentação da Gestante:
- Consumir folhas cruas em forma de saladas, temperada com limão
- Consumir pelo menos uma vez ao dia grãos de feijão, lentilha, grão de bico ou ervilhas
- Consumir 4 tipos de frutas ao longo do dia, em forma de suco ou ao natural
- Ingerir pelo menos 1 litro e meio de água durante o dia
- Evitar excessos de gorduras e açúcares
- Comer devagar, mastigando bem os alimentos;
- Fracionar a dieta, fazendo no mínimo 5 refeições diárias em horários regulares;
- Aumentar a ingestão de fibras através do uso de cascas, bagaços, sementes de frutas e verduras cruas;
- Consumir bastante líquido ao longo do dia, entretanto, deve-se evitar o consumo de líquidos durante as refeições que tiverem um maior volume de alimentos;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas (pois afetam o desenvolvimento do feto);
- Evitar o excesso que são predisponentes à formação de gases, como grãos, repolho, couve flor, refrigerantes;
- Não sentar ou deitar logo após as refeições.
Fonte: www.rgnutri.com.br
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Gestantes e a Cafeína
De acordo com um estudo publicado no site do British Medical Journal, o consumo de cafeína durante a gestação aumenta o risco do bebê nascer com baixo peso. Apesar de alguns outros estudos também terem demonstrado o mesmo, esta nova pesquisa mostra que qualquer quantidade de cafeína - vinda de café, refrigerantes a base de cola ou guaraná, cacau e até medicamentos - podem ter o mesmo efeito. No estudo as gestantes consumiram em média 159mg de cafeína ao dia, menos do que o limite diário máximo recomendado (300mg/dia) pelo governo no país do estudo, a Inglaterra. A maior parte da cafeína consumida (62%) veio dos chás, seguidos do café (14%), chocolate (8%), e outros, incluindo refrigerantes (14%). A maioria dos bebês nasceram atermo (aos 9 meses de gestação) e com um eso adequado (3.450g), porém dentre os que nasceram prematuros ou com baixo peso, o risco foi maior quanto maior era o consumo de cafeína. Comparado às mães que ingeriram menos de 100mg de cafeína ao dia (o equivalente a uma xícara de café), aquelas que tiveram uma ingestão entre 100 e 199 mg/dia tiveram um risco 20% maior de bebês com baixo peso e o risco aumentou chegando a 50% dependendo da dosagem de cafeína consumida pela gestante. O efeito também foi maior nas mulhers que metabolizavam a cafeína mais rapidamente. Baseados nestas evidências, de toxicidade para bebês, o governo inglês alterará as recomendações de doses máximas de 300mg para 200mg ao dia.
Por Vivian Maria
____________________________________________________________________________Alimentação saudável previne mortes em gestantes e bebês
Em uma série de artigos publicados na revista The Lancet, os pesquisadores afirmaram que a suplementação de vitamina A, a fortificação com zinco e o incentivo ao aleitamento materno podem salvar 3,5 milhões de crianças que morrem por ano de subnutrição no mundo. A subnutrição é a terceira causa de morte entre crianças e nos países em desenvolvimento a situação é mais graves, principalmente em Burma, Uganda, India, China e África do Sul. No estudo, os cientistas revisaram uma série de intervenções que podem ser causadas pela subnutrição materna e infantil em 36 países e julgaram os métodos que funcionaram melhor. De acordo com este apanhado um dos problemas mais comuns é o déficit de crescimento. Este déficit é difícil de reverter após os 3 anos de idade por isto a prevenção é muito importante, e já na gestação, quando o consumo de cálcio, ferro e ácido fólico deve ser monitorado. Com isto estima-se que 100.000 mortes maternas podem ser prevenidas.
A suplementação com ácido fólico aumenta os níveis de hemoglobina, o que diminui o risco de hemorragias na gestação. Em caso de uma alimentação deficiente a suplementação com um complexo de micronutrientes podem reduzir o risco de baixo peso ao nascer.
A suplementação com ácido fólico aumenta os níveis de hemoglobina, o que diminui o risco de hemorragias na gestação. Em caso de uma alimentação deficiente a suplementação com um complexo de micronutrientes podem reduzir o risco de baixo peso ao nascer.
Fonte: Zulfiqar Bhutta, Tahmeed Ahmed, Robert Black, et al. The Lancet. Maternal and child undernutrition: an urgent opportunity. January 17, 2008-01-18.