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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Veja mitos e verdades sobre os alimentos diet e light





DIET É SEM AÇÚCAR?

Esse é um dos maiores mitos em relação aos alimentos dietéticos. Na pesquisa feita pela Abiadsa, 65,8% dos entrevistados tinham essa crença. No entanto, o que caracteriza um produto diet não é a falta de açúcar, mas a retirada total de algum nutriente --que pode ser açúcar mas também sódio, gordura ou proteína, por exemplo. Em geral, os produtos diet se dirigem a públicos específicos -diabéticos e hipertensos, por exemplo.

LIGHT É SEM GORDURA?

Esse é outro equívoco comum. Na verdade, os produtos light são aqueles cujo valor energético (calorias) ou conteúdo de algum nutriente (açúcares, gordura, sódio etc.) é baixo ou reduzido em pelo menos 25% quando comparado ao produto na sua apresentação normal. Ou seja, assim como ocorre com os dietéticos, os nutrientes restringidos nos produtos light podem ser vários. Só que, nesse caso, ocorre uma redução em relação ao original, e não necessariamente uma retirada total.

LIGHT E DIET SÃO SAUDÁVEIS?

Na pesquisa da Latin Panel, o motivo apontado por 61% dos compradores para o consumo de alimentos diet e light não foi a vontade de perder peso, mas a intenção de levar uma vida mais saudável.

Nutricionistas, no entanto, pedem cautela na hora de fazer a relação direta entre diet ou light e saúde. "Esses produtos são bem-vindos em ocasiões especiais, mas não devem substituir a alimentação convencional, que inclui frutas e verduras", diz a nutricionista Adriana Peloggia, do Centro Universitário São Camilo.

A nutricionista Kênia Baiocchi de Carvalho, da UnB (Universidade de Brasília), lembra que se tratam de produtos industrializados, que não devem substituir os produtos naturais. "Eles devem ser consumidos com moderação. Tudo é uma questão de bom senso."

Para Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Abiadsa, quando usados por pessoas conscientes, os alimentos diet e light trazem mais saúde. "Eles possibilitam um maior controle sobre os nutrientes que a pessoa ingere. Mesmo assim, uma vida equilibrada de forma mais ampla é necessária", diz.

Para esclarecer alguns pontos sobre os produtos light e diet, a Abiadsa elaborou uma cartilha que será distribuída nos supermercados de São Paulo a partir deste mês.

LIGHT E DIET EMAGRECEM?

Segundo Patrícia Fukuma, presidente do IBCA (Instituto Brasileiro de Educação para o Consumo de Alimentos), que orientou as pesquisas da Abiadsa, muitos entrevistados disseram que light é um produto para emagrecer. "A crença equivocada é que quanto mais come, mais magra a pessoa vai ficar", diz.

Por terem redução do valor calórico ou de nutrientes que fornecem calorias, alguns alimentos desse tipo podem conter menor valor energético do que o produto original e, por isso, fazer parte da dieta de quem deseja perder peso. Mas isso não acontece com todos eles e, mesmo quando acontece, não há um "efeito emagrecedor".

POSSO COMER O QUANTO QUISER?

Esse é um engano que pode levar muita gente a cometer exageros achando que está tendo uma alimentação saudável. "Quem age assim pode estar consumindo ainda mais calorias", alerta Adriana Peloggia.

GESTANTES PODEM COMER?

Não há nada que impeça grávidas e lactantes de consumir esses produtos. Como na gestação a mulher fica mais sensível, recomenda-se que a pessoa que não está acostumada com adoçante não introduza a substância.

LIGHT E DIET TÊM MENOS CALORIAS?

Depende. Se um produto for light por ter menor valor energético, será menos calórico. Por não conterem açúcar ou gordura, alguns produtos diet também têm menos calorias. Mas essa não é a regra: alguns são mais calóricos do que os originais. Se o que se busca é reduzir calorias, devem-se comparar os rótulos.

É TOTALMENTE SEM AÇÚCAR?

Mesmo que não tenham sido adicionados açúcares durante o preparo, os produtos diet "sem adição de açúcar" podem conter açúcares em seus próprios ingredientes. Já quando aparece a mensagem "diet sem açúcares", o alimento não tem açúcar nenhum.

SÃO BONS PARA O CORAÇÃO?

"Nem todos os alimentos light e diet fazem bem aos cardíacos. Alguns deles têm muita gordura saturada, sal e gordura trans", diz o cardiologista Marcus Vinícius Malachias, da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia). Malachias coordena a equipe que concede um selo de aprovação da SBC aos alimentos que comprovadamente são bons para obesos, cardíacos e hipertensos. Dos pedidos, apenas 10% são aprovados. Até biscoitos "cream cracker", torradas e barras de cereais, muito usados por quem faz regime, foram reprovados.

CHOCOLATE DIET NÃO ENGORDA?

Em geral, o chocolate sem adição de açúcar tem tantas ou mais calorias do que o original. "Ao retirar o açúcar, muitos fabricantes acrescentam mais gordura para dar consistência ao chocolate", explica Adriana Peloggia.

DIET CONTROLA A DIABETES?

Segundo a nutricionista Gisele Rossi Goveia, da Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabético precisa controlar a ingestão de carboidratos em geral, e não apenas do açúcar. Assim, produtos isentos de açúcar podem ter carboidratos provenientes de outras fontes. "Um biscoito diet, por exemplo, pode não ter açúcar e ter carboidratos originários da farinha, que vão se converter em glicose do mesmo jeito", diz.

LIGHT É MELHOR PARA A PRESSÃO?

Para manter uma dieta favorável, o hipertenso deve analisar a quantidade de sal em todos os alimentos, e não apenas nos produtos industrializados diet ou light. "Não adianta pegar um produto com redução de sódio e depois comer uma feijoada, que possui carnes conservadas em altíssmo teor de sódio", alerta o nefrologista Osvaldo Kohlmann, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

USAR SAL LIGHT ADIANTA?

Como o sal light salga menos e muita gente acaba usando-o em dobro, pode-se pensar que o consumo de sódio acaba sendo o mesmo. Mas, segundo Osvaldo Kohlmann, o potássio que é usado para substituir parte do sódio no sal light acaba compensando, pois atua como redutor da pressão arterial.

ADOÇANTE FAZ MAL À SAÚDE?

A quantidade máxima de adoçante que um indivíduo pode consumir por dia é muito alta. Por isso, eles são considerados seguros. Gisele Goveia, da SBD, lembra que os órgãos reguladores exigem um fator de segurança cem vezes maior do que a quantidade que poderia levar o indivíduo a desenvolver doenças.

CRIANÇAS PODEM COMER?

Essa é uma questão controversa. Não há comprovação de que esses produtos façam mal às crianças. Segundo Gisele Goveia, por ter menor peso, elas devem comer menor quantidade de produtos com adoçante. Para Lúcia Branco, pesquisadora do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente, da Universidade Federal de São Paulo, os produtos com redução de gordura devem ser introduzidos apenas em último caso. "O primeiro passo é reequilibrar a alimentação deles", diz.   

Fonte: FLÁVIA MANTOVANI Folha de S.Paulo 

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