Agrados da avó, mimos da tia,desinformação por parte da escola. Esses são alguns dos principais obstáculos de quem tenta controlar o cardápio dos filhos. É preciso vencê-los e, quanto antes, melhor!
As crianças conseguem burlar a alimentação adequada quando estão longe dos olhos dos pais. Uma pena, pois uma criança obesa tem imensas possibilidades de se tornar um adulto obeso. O professor titular do departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fábio Ancona Lopes, explica que toda a família e a escola devem colaborar no combate do problema. “Em vez da avó dar um pedaço de bolo, que conte uma história. O pai pode trocar a ida à sorveteria por um jogo de futebol”. Mostrar carinho de outras formas, sem incluir farras gastronômicas, é uma boa maneira de estimular atividades físicas, como um passeio de bicicleta ou uma caminhada em família. Programas assim aumentam a ligação familiar e fazem bem para a saúde.
O primeiro passo para atacar o sobrepeso nos baixinhos é conversar com a família e os professores. “A compreensão de todos é decisiva. Depois disso, lembre-se de que na infância não se deve fazer dieta e, sim, realizar uma orientação alimentar, para não prejudicar o desenvolvimento”, avisa o médico.
Quando a criança está acima do peso, o mais indicado é seguir um cardápio para manter os quilos atuais em vez de perdê-los, para acertar o passo. Por ex.: Se aos 5 anos a criança tem o peso equivalente a uma de 7, a alimentação deve ser controlada para que ela não aumente nenhum grama durante os dois anos seguintes: ou seja, até chegar aos 7 anos. Durante esse tempo, ela atingiu o peso ideal sem interferências no crescimento.
É importante dizer que um bebê que se alimenta apenas de leite materno nunca está obeso, por mais que pareça.
A obesidade é um mal que se caracteriza pelo acúmulo de tecido gorduroso subcutâneo, graças à ingestão de calorias em quantidade superior às gastas. Alimentando-se de leite materno, portanto, não há risco de excesso de gordura.
Causas e ataque a elas
● A famosa predisposição genética é outro vilão. “Quem tem tendência a engordar, vai manifestar a doença, ainda mais nos dias atuais, em que até para brincar as crianças permanecem sentadas”, diz Ancona Lopes.
● O correto é que os costumes alimentares adequados sejam instituídos desde a mais tenra infância. “Melhor prevenir do que tratar a obesidade depois”, avisa o médico. E prevenir é ensinar a comer direito.
● Se a família tem por hábito consumir alimentos calóricos, industrializados e gordurosos em vez de frutas, verduras e legumes, planta-se o problema.
● Os obesos fazem o mesmo esforço que os magros usando menos calorias. “Acredite: eles têm uma máquina mais eficiente, portanto, consomem menos combustível”, diz o pediatra, falando do corpo humano. Mesmo assim, a obesidade deve ser combatida.
Graves conseqüências
Atualmente, 20% das crianças brasileiras estão acima do peso. Isso pode trazer problemas a curto e a longo prazos. Os gordinhos sofrem discriminação na escola e entre os amigos. “A criança obesa é mais excluída que a ‘mau-caráter’”, lamenta o pediatra. O médico ressalta que os traumas dessa fase marcam os baixinhos para toda a vida. “Os apelidos são humilhantes. Deprimidos, eles comem cada dia mais. Inicia-se, então, um círculo vicioso de depressão e comida”, completa o médico. A ordem é cortá- lo e, quanto antes, melhor.
De acordo com a psicóloga Patrícia Spada, da Unifesp (Universidade federal de São Paulo), o sobrepeso se reflete em diversos outros fatores na vida infantil, “como prejuízos no rendimento escolar, auto-estima e relações sociais”. As conseqüências, porém, podem ser ainda piores. “A criança pode ter sintomas de depressão que nem sempre se caracterizam por tristeza ou apatia. De repente, ela demonstra isso por meio de irritabilidade e indisciplina”, diz. “Tudo isso interfere na formação do menor, e prejudica a vida adulta”, conclui. Patrícia é autora do livro Obesidade infantil – aspectos emocionais e vínculo mãe e filho, publicado pela editora Revinter de São Paulo.
Doenças de gente grande
Além do aspecto emocional, outros fatores, graves, podem comprometer a saúde das crianças obesas, avisa o pediatra Ancona Lopes:
1. Problemas de pele, por causa das dobras que se formam com o acúmulo de gordura.
2. Complicações nas articulações também são comuns por causa do excesso de peso.
3. A obesidade contribui ainda para o desenvolvimento de doenças comuns em adultos, como hipertensão, diabetes do tipo II, acidente vascular cerebral (AVC), problemas cardíacos e respiratórios. “Tratar a obesidade na infância é evitar as doenças do adulto”, diz ele.
PESO NORMAL PARA CRIANÇAS
O peso das crianças varia muito, pois a altura delas oscila demais e isso influencia diretamente no peso. Esta tabela serve apenas para dar uma idéia de quantos quilos uma criança deve ter, aproximadamente. Caso seu filho esteja acima ou abaixo desses números, não se desespere e nem faça alterações na alimentação sem orientação médica.
Fonte: http://dietaja.locaweb.com.br/Edicoes/118/artigo22383-2.asp
O primeiro passo para atacar o sobrepeso nos baixinhos é conversar com a família e os professores. “A compreensão de todos é decisiva. Depois disso, lembre-se de que na infância não se deve fazer dieta e, sim, realizar uma orientação alimentar, para não prejudicar o desenvolvimento”, avisa o médico.
Quando a criança está acima do peso, o mais indicado é seguir um cardápio para manter os quilos atuais em vez de perdê-los, para acertar o passo. Por ex.: Se aos 5 anos a criança tem o peso equivalente a uma de 7, a alimentação deve ser controlada para que ela não aumente nenhum grama durante os dois anos seguintes: ou seja, até chegar aos 7 anos. Durante esse tempo, ela atingiu o peso ideal sem interferências no crescimento.
É importante dizer que um bebê que se alimenta apenas de leite materno nunca está obeso, por mais que pareça.
A obesidade é um mal que se caracteriza pelo acúmulo de tecido gorduroso subcutâneo, graças à ingestão de calorias em quantidade superior às gastas. Alimentando-se de leite materno, portanto, não há risco de excesso de gordura.
Causas e ataque a elas
● A famosa predisposição genética é outro vilão. “Quem tem tendência a engordar, vai manifestar a doença, ainda mais nos dias atuais, em que até para brincar as crianças permanecem sentadas”, diz Ancona Lopes.
● O correto é que os costumes alimentares adequados sejam instituídos desde a mais tenra infância. “Melhor prevenir do que tratar a obesidade depois”, avisa o médico. E prevenir é ensinar a comer direito.
● Se a família tem por hábito consumir alimentos calóricos, industrializados e gordurosos em vez de frutas, verduras e legumes, planta-se o problema.
● Os obesos fazem o mesmo esforço que os magros usando menos calorias. “Acredite: eles têm uma máquina mais eficiente, portanto, consomem menos combustível”, diz o pediatra, falando do corpo humano. Mesmo assim, a obesidade deve ser combatida.
Graves conseqüências
Atualmente, 20% das crianças brasileiras estão acima do peso. Isso pode trazer problemas a curto e a longo prazos. Os gordinhos sofrem discriminação na escola e entre os amigos. “A criança obesa é mais excluída que a ‘mau-caráter’”, lamenta o pediatra. O médico ressalta que os traumas dessa fase marcam os baixinhos para toda a vida. “Os apelidos são humilhantes. Deprimidos, eles comem cada dia mais. Inicia-se, então, um círculo vicioso de depressão e comida”, completa o médico. A ordem é cortá- lo e, quanto antes, melhor.
De acordo com a psicóloga Patrícia Spada, da Unifesp (Universidade federal de São Paulo), o sobrepeso se reflete em diversos outros fatores na vida infantil, “como prejuízos no rendimento escolar, auto-estima e relações sociais”. As conseqüências, porém, podem ser ainda piores. “A criança pode ter sintomas de depressão que nem sempre se caracterizam por tristeza ou apatia. De repente, ela demonstra isso por meio de irritabilidade e indisciplina”, diz. “Tudo isso interfere na formação do menor, e prejudica a vida adulta”, conclui. Patrícia é autora do livro Obesidade infantil – aspectos emocionais e vínculo mãe e filho, publicado pela editora Revinter de São Paulo.
Doenças de gente grande
Além do aspecto emocional, outros fatores, graves, podem comprometer a saúde das crianças obesas, avisa o pediatra Ancona Lopes:
1. Problemas de pele, por causa das dobras que se formam com o acúmulo de gordura.
2. Complicações nas articulações também são comuns por causa do excesso de peso.
3. A obesidade contribui ainda para o desenvolvimento de doenças comuns em adultos, como hipertensão, diabetes do tipo II, acidente vascular cerebral (AVC), problemas cardíacos e respiratórios. “Tratar a obesidade na infância é evitar as doenças do adulto”, diz ele.
PESO NORMAL PARA CRIANÇAS
O peso das crianças varia muito, pois a altura delas oscila demais e isso influencia diretamente no peso. Esta tabela serve apenas para dar uma idéia de quantos quilos uma criança deve ter, aproximadamente. Caso seu filho esteja acima ou abaixo desses números, não se desespere e nem faça alterações na alimentação sem orientação médica.
MENINOS | ||
idade | peso | altura |
2 anos | de 12,3 kg até 14,4 kg | de 85,6 cm até 94,2 cm |
3 anos | de 14,6 kg até 16,5 kg | de 95 cm até 1m02 |
4 anos | de 16,7 kg até 18,5 kg | de 102 cm até 1m09 |
5 anos | de 18,7 kg até 20,5kg | de 1m09 até 1m15 |
6 anos | de 20,7 kg até 22,7 kg | de 1m16 até 1m21 |
7 anos | de 22,9 kg até 25 kg | de 1m21 até 1m26 |
8 anos | de 25,3 kg até 28,1 kg | de 1m27 até 1m31 |
9 anos | de 28,1 kg até 31 kg | de 1m32 até 1m37 |
10 anos | de 31,4 kg até 34,6 kg | de 1m37 até 1m42 |
11 anos | de 35,3 kg até 39 kg | de 1m43 até 1m49 |
12 anos | de 39,8 kg até 44 kg | de 1m49 até 1m55 |
MENINAS | ||
idade | peso | altura |
2 anos | de 11,8 kg até 13,9 kg | de 84,5 cm até 93,2 cm |
3 anos | de 14,1 kg até 15, 8 kg | de 93,9 cm até 1m01 |
4 anos | de 16,0 kg até 17,5 kg | de 1m01 até 1m07 |
5 anos | de 17,7 kg até 19,4 kg | de 1m08 até 1m14 |
6 anos | de 19,7 kg até 21,6 kg | de 1m14 até 1m20 |
7 anos | de 21,8 kg até 24,6 kg | de 1m20 até 1m26 |
8 anos | de 24,8 kg até 28,1 kg | de 1m26 até 1m31 |
9 anos | de 28,5 kg até 32,2 kg | de 1m32 até 1m37 |
10 anos | de 32,5 kg até 36,6 kg | de 1m38 até 1m44 |
11 anos | de 37,0 kg até 41,1 kg | de 1m44 até 1m51 |
12 anos | de 41,5 kg até 45,7 kg | de 1m51 até 1m56 |
Lancheira saudável Na hora de montar o lanche do seu filho, lembre-se de que, além de saborosos, os alimentos devem ser saudáveis e com pouco teor calórico. A chefe das nutricionistas do ambulatório de obesidade da Unifesp, Daniela Silveira, aconselha que a lancheira utilizada seja térmica, para que a comida chegue em bom estado de conservação. Abaixo, Daniela dá 10 combinações para seu filho alimentar-se de forma nutritiva e apetitosa no intervalo da escola. Opção 1 ●1 pão de forma integral com requeijão ●1 maçã ●1 caixinha de achocolatado Opção 2 ●1 pão de queijo médio ●1 pêra ● 200 ml de suco de laranja Opção 3 ●1 pedaço de bolo de laranja sem recheio e sem cobertura ●1 pêssego maduro, pode ser picado ●200 ml de suco maracujá Opção 4 ●1 pote de salada de frutas ●1 iogurte desnatado ●1 barra de cereais de banana Opção 5 ●2 bisnaguinhas integrais de soja com queijo branco ●1 cacho de uva médio ● 200 ml de suco de pêssego Opção 6 ●1 pão de forma integral com margarina ●1 cenoura crua cortada em palitos ●1 caixinha de achocolatado Opção 7●4 bolachas de aveia ●1 caqui chocolate ●200 ml de suco de soja Opção 8 ●1 iogurte ●1 caixinha de cereais matinais ●1 banana Opção9 ●1/2 pão francês com patê de ricota com cenoura picada ●5 morangos ●1 caixinha de achocolatado Opção 10 ●5 cookies integrais de coco ●1 mexirica ●200 ml de suco de uva Observações importantes: ● Para as crianças menores, sirva a metade da fruta ou uma unidade pequena. ● Prefira sucos naturais, feitos em casa, pois os industrializados contêm muito açúcar e habituam o paladar da criança a sabores docíssimos. ● Lave as frutas e acondicione-as em potes com tampa. |
Fonte: http://dietaja.locaweb.com.br/Edicoes/118/artigo22383-2.asp